Para celebrar seus 20 anos em cartaz, o Risorama, pioneiro no formato de stand-up comedy no Brasil, chega a Salvador pela primeira vez. O festival de humor acontece nas próximas quinta e sexta-feira, dias 28 e 29 de setembro, no The Green House Music, reunindo o melhor da comédia brasileira.

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Na primeira noite, o line-up conta com o anfitrião Diogo Portugal, criador do Risorama, ao lado de Matheus Buente, Renato Piaba, Nil Agra, Délio Macnamara e Ben Ludmer. Já na sexta-feira, os shows ficam por conta de Rodrigo Marques, Arianna Nutt, Tiago Banha, Nil Agra, Criss Paiva e Victor Sarro.

Festa de 20 anos do Risorama no Festival de Curitiba de 2024. Foto: Rodrigo Leal

Criado em 2004 como núcleo de humor do Festival de Curitiba, o Risorama tornou-se o festival de comédia mais tradicional do país. Ao longo de duas décadas, revelou talentos, abriu portas para o humor nacional em diversas linguagens e inspirou outros eventos do gênero. Além disso, fez milhares de pessoas rirem em todo o Brasil.

O comediante Fábio Porchat já destacou a importância do evento: “O Risorama é um espaço fundamental para os comediantes brasileiros começarem a ganhar espaço e experiência. Sempre foi uma honra participar. Fui convidado pela primeira vez no início da carreira. É bom, mas não só para o público; tem aquela coisa de festival que junta a turma para confraternização da comédia. O Diogo Portugal segura esse touro à unha”.

Risorama – 20 Anos

Onde: The Green House Music – Salvador

Quando: Quinta e sexta-feira, dias 28 e 29 de setembro

Quanto: A partir de R$ 40 – ingressos à venda online nos links abaixo:

Dia 28, quinta-feira aqui.

Dia 29, sexta-feira aqui.

Leia abaixo uma entrevista com Diogo Portugal sobre os 20 anos do Risorama:

Como surgiu o Risorama?

Lembro-me de quando criamos o festival, em 2004, com foco em todos os gêneros de humor. A ideia era oferecer ao Festival de Curitiba um núcleo que fosse além das peças de comédia, incluindo sketchs, humor físico e, principalmente, stand-up comedy, que era uma novidade na época. Ninguém havia se arriscado a fazer um festival de humor no Brasil, e fomos despretensiosos e corajosos.

Qual é a diferença do Risorama para outros eventos de comédia?

O que mais me orgulha são os bastidores: o camarim e as histórias. O Risorama funciona como uma convenção ou congresso de comediantes no Brasil. Lá, apresento comediantes que acabam se tornando amigos, criam projetos juntos e geram novos produtos. Esse encontro é único.

Você acha que o festival cumpre um papel na história da comédia brasileira?

Sim. Ele enaltece a comédia como gênero, que, infelizmente, ainda é subestimada. A comédia raramente ganha prêmios importantes, mas ela é essencial. O Risorama foi uma válvula de escape para muitos comediantes e ajudou a consolidar o stand-up como um negócio sério no Brasil.

Como foi a relação com o público nessas duas décadas?

O público muitas vezes vai para ver um comediante famoso, mas acaba surpreendido por novos talentos. Isso é gratificante. Além disso, o evento cria um ambiente de colaboratividade entre os humoristas, algo raro na comédia, que é geralmente um trabalho solitário.

Quais são os planos para os próximos 20 anos do Risorama?

Queremos continuar descobrindo talentos e criando novos espaços junto aos comedy clubs. O Risorama ajudou a estruturar a comédia no Brasil, e queremos fortalecer ainda mais essa rede, filtrando novos talentos e levando o humor a diferentes lugares.

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