O espetáculo Bom Dia, Eternidade terá duas apresentações na Mostra Lucia Camargo, no Festival de Curitiba, nos dias 30 de março, às 19h, e 31 de março, às 20h30, no Teatro da Reitoria. A peça conta a história de quatro irmãos que retomam a posse do terreno da casa de onde foram despejados na juventude.

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O reencontro, após décadas, mistura traumas e sonhos do passado às memórias atuais dos personagens. O texto, ao mesmo tempo sensível e contundente, reflete sobre o direito ao envelhecimento da população negra no Brasil.

A montagem tem dramaturgia de Jhonny Salaberg, direção de Luiz Fernando Marques (Lubi) e direção musical de Fernando Alabê. Além da força narrativa, a peça traz músicas interpretadas ao vivo por um quarteto de músicos com trajetórias marcantes na cena musical brasileira.

Músicos com história

No palco, os músicos também vivem os personagens em sua fase idosa. Luiz Alfredo Xavier (veja video abaixo), compositor e instrumentista, já foi parceiro de Jamelão e outros grandes nomes da MPB. Cacau Batera, baterista e crooner, atuou ao lado de artistas do samba e do jazz por décadas.

Maria Inês, cantora que teve sua ascendente carreira interrompida nos anos 1960, retomou os palcos após se aposentar como cabeleireira. Roberto Mendes Barbosa, maestro, regente de coral e compositor, tem uma longa trajetória no teatro e na música paulistana.

Clássicos da MPB

A trilha sonora inclui canções de Djavan, Tim Maia, Jorge Aragão, Jorge Ben Jor, Lupicínio Rodrigues e Johnny Alf, além de composições originais que conduzem a narrativa.

A peça encerra a Trilogia da Morte, projeto do grupo O Bonde, resultado de uma pesquisa de seis anos sobre a necropolítica imposta aos corpos negros e sua relação com a morte, física ou simbólica.

“Ainda que seja uma peça solar e musical, Bom Dia, Eternidade fala sobre a velhice negra e o direito de envelhecer, apontando para outras questões sociais fundamentais”, destaca o dramaturgo Jhonny Salaberg.

Bom Dia, Eternidade

Onde: Teatro da Reitoria, Curitiba

Quando: 30 de março, às 19h, e 31 de março, às 20h30

Ingressos: aqui

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Sandro Moser é jornalista e escritor.

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