A atriz Cláudia Abreu não teve medo de mergulhar na vida e na obra de Virgínia Woolf (1882-1941). Durante cinco anos, ela pesquisou a biografia e a produção da escritora, marcada por textos brilhantes e tragédias pessoais.

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Entre a lucidez e a loucura da artista britânica, o espetáculo marca a estreia da atriz Cláudia Abreu como autora teatral e tem mini temporada nos dias 25, 26 e 27 de abril, sexta e sábado às 20h e domingo às 17h no teatro da Caixa Cultural CURITIBA. Os ingressos estão disponíveis para venda na bilheteria do teatro da CAIXA.

Com direção de Amir Haddad, é o primeiro monólogo da carreira de Cláudia Abreu, mas não é seu primeiro encontro com Virgínia no palco. Aos 18 anos, ela esteve numa montagem de “Orlando”, dirigida por Bia Lessa, e desde então, a relação com a autora de “As Ondas” se tornou muito próxima.

Paixão e Cacos

Mas foi a partir de 2016 que a atriz reencontrou e mergulhou de cabeça no universo da autora. Após ler e reler alguns livros, incluindo as memórias, biografias e diários, a vontade de escrever sobre Virgínia ficou insuperável.

“Eu me apaixonei por ela novamente. Fiquei fascinada ao perceber como uma pessoa conseguiu construir esta obra brilhante com tanto desequilíbrio, tragédias pessoais e problemas que teve na vida. Como ela conseguiu reunir os cacos?”, pergunta Cláudia.

A dramaturgia de Virgínia foi concebida como um inventário íntimo da vida da autora. Em seus últimos momentos, ela rememora acontecimentos marcantes em sua vida, a paixão pelo conhecimento, os momentos felizes com os queridos amigos do grupo intelectual de Bloomsbury, além de revelar afetos, dores e seu processo criativo.

Vozes Internas

Em seu primeiro monólogo, atriz interpreta Virginia Woolf com direção de Amir Haddad. Foto: Pablo Henriques/Divulgação

A estrutura do texto se apoia no recurso mais característico da literatura da escritora: a alternância de fluxos de consciência, capaz de ‘dar corpo’ às vozes reais ou fictícias, sempre presentes em sua mente.

“Fazer o monólogo foi uma opção natural neste processo, pois todas as vozes estão dentro dela. Eu nunca quis estar sozinha, sempre gostei do jogo cênico com outros colegas, mas a personagem me impeliu a isso”, disse.

O monólogo Virgínia estreou em julho de 2022 em São Paulo, já percorreu mais de 25 cidades, entre elas Rio de Janeiro (RJ), Porto Alegre (RS), Belo Horizonte (MG), além de Guanajuato no México, o espetáculo fez parte da programação do Festival Internacional Cervantino, e Lisboa em Portugal.

A montagem foi vista por mais de 45.000 pessoas, e agora em 2025 segue sua itinerância com as apresentações programadas na Caixa Cultural.

Virgínia, com Cláudia Abreu

Quando: dias 25, 26 e 27 de abril, sexta-feira e sábado às 20h e domingo às 17h

Onde: CAIXA Cultural Curitiba – Rua Conselheiro Laurindo n° 280, Centro

Quanto:  partir do dia 19 de abril às 10h na bilheteria física e às 15h no site www.sympla.com.br

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