O filme Nem Toda História de Amor Acaba em Morte, dirigido por Bruno Costa, foi premiado na noite deste domingo (15) com o Calunga de melhor longa-metragem na votação do júri popular do Cine PE 2025. O ator Octávio Camargo também recebeu o troféu de melhor ator pelo trabalho no filme, que marca a estreia da primeira protagonista surda em uma produção nacional.

Octavio Camargo recebe o Calunga de melhor ator. Foto: reprodução

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O longa é o segundo da carreira do diretor curitibano Bruno Costa, conhecido pelo premiado Mirador e pela co-direção da série Cidade de Deus – A Luta Não Para. A produção teve estreia no Cine PE e será exibida na Mostra Exibições Especiais da 14ª edição do Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba.

Além disso, o filme integra a programação do Festival Rio LGBTQIA+ e do Acessa BH. A circulação por festivais nacionais reafirma a força de sua abordagem estética e social.

Comédia romântica com protagonismo surdo

A trama acompanha Sol (Chiris Gomes), professora de meia-idade que decide terminar o casamento com Miguel (Octávio Camargo). Embora separados, eles continuam vivendo sob o mesmo teto. Sol reencontra o sentido da vida ao conhecer Lola (Gabriela Grigolom), mãe de uma aluna, que a encanta desde o primeiro encontro.

Lola é uma jovem negra e surda. Ela se comunica por Libras e enfrenta desafios para manter sua companhia de teatro. A filha Maya (Sophia Grigolom) também participa da história, que celebra o amor em suas formas mais diversas.

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Produção aposta em inclusão e autenticidade

Nem Toda História de Amor Acaba em Morte é uma produção da Beija Flor Filmes, liderada por Gil Baroni e Andréa Tomeleri. A empresa atua há duas décadas com foco em narrativas LGBTQIA+ e grupos sub-representados no audiovisual brasileiro.

O histórico da produtora inclui títulos como Casa Izabel, Alice Júnior e Alice Júnior – Férias de Verão. Seu trabalho valoriza a autenticidade e o olhar humanizado, promovendo histórias que desafiam padrões e estimulam a empatia.

Com roteiro sensível e protagonismo inédito, o novo longa consolida a Beija Flor como referência em inclusão no cinema nacional. O reconhecimento no Cine PE reforça esse compromisso com a diversidade de vozes e experiências.

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Sandro Moser é jornalista e escritor.

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