A natureza não é cenário de nossa vida. Ela é nossa casa.
Por isso, faz todo o sentido um evento como o Mata Atlântica EcoFestival que chega a sua quarta edição em 2025. De 14 a 28 de agosto, o festival ocupa cidades que fazem parte do bioma da Mata Atlântica no Paraná — Curitiba, Antonina, Araucária, Campo Largo, São Luiz do Purunã, Quatro Barras, Pinhais, entre outras — com uma programação que cruza exibições gratuitas de filmes internacionais, apresentações musicais, exposições fotográficas, trilhas, oficinas e debates em meio à natureza.
Telas na mata, filmes do mundo
Um dos pilares do evento é o Festival de Cinema de Aventura, Vida ao Ar Livre e Natureza, que chega à quarta edição com um número impressionante: mais de 1.200 filmes inscritos, vindos de 70 países. O Brasil lidera, claro, mas há espaço para o Irã, a Índia, a França, a Itália.
Serão cerca de 30 títulos exibidos — todos gratuitos e com temas em sintonia com o espírito do festival — em espaços como o Coreto do Passeio Público, a Cinemateca de Curitiba, o Cine Passeio e, pela primeira vez, o terraço do próprio Cine Passeio. Tem até exibição ao ar livre no Parque das Águas, em Pinhais.
Campo das Artes
A Mostra Cultural, uma das novidades desta edição, expande os limites do festival com uma programação artística em diferentes linguagens. Em Curitiba, a abertura será no dia 14 de agosto. Mas o coração da experiência pulsa forte no fim de semana seguinte, nos dias 16 e 17, quando o festival toma conta do Campo das Artes, em São Luiz do Purunã — a residência artística do ator Luis Melo, localizada dentro da Área de Proteção Ambiental da Escarpa Devoniana.
O espaço receberá bandas instrumentais autorais, feira de produtores regionais, intervenções de arte, moda alternativa, gastronomia, literatura e ações voltadas à economia criativa. Em 2024, mais de 2 mil pessoas passaram pelo local. A expectativa para este ano é de crescimento. No dia 26, o festival também promove no Cine Passeio, em Curitiba, o Encontro de Fotografia do Mata, com entrada gratuita e presença de três fotógrafos convidados.
Caminhos, canoas e conexões
O festival também celebra os esportes de aventura como caminhos de transformação. Entre os destaques estão o 6º Encontro Brasileiro de Kayak Extremo, no Rio Cachoeira, em Antonina, e a Regata Festival no Lago Passaúna, com passagem por Curitiba, Araucária e Campo Largo. Para o público em geral, há trilhas, caminhadas, rapel, banho de floresta e pilates ao ar livre. A ideia é ampliar a experiência do corpo no mundo, propondo menos tela e mais ar puro.
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No dia 27, o Encontro de Empreendedorismo Outdoor acontece no Memorial Paranista, em Curitiba. O painel terá entrada gratuita e reunirá nomes como o professor Carlos Duarte, idealizador da Volta à Ilha (maior corrida de revezamento da América Latina), e a chef Gabriela Vilar de Carvalho, do restaurante Quintana Gastronomia.
“O que propomos todos os anos é aumentar o tempo ao ar livre, diminuir as horas de tela e melhorar a qualidade de vida das pessoas. Isso leva naturalmente à sensibilização ambiental”, afirma Aristides Athayde, um dos idealizadores do evento.
Inspirado em modelos internacionais, o Mata Atlântica EcoFestival já reuniu mais de 10 mil participantes presenciais e impactou 1,6 milhão de pessoas com sua comunicação digital. Mais do que um festival, ele se afirma como um espaço de encontros — entre arte e floresta, corpo e território, cultura e futuro.
Mata Atlântica EcoFestival
Quando: 14 a 28 de agosto
Onde: Litoral, Serra do Mar, Grande Curitiba e Campos Gerais (PR)
Quanto: Gratuito. Inscrições pelo Instagram @mataatlanticaecofestival