Já está no ar a primeira apresentação do Tiny Desk Brasil, e a escolha não poderia ser mais pertinente. No auge do sucesso, o pernambucano João Gomes trouxe para o canal o seu autêntico piseiro, sucesso em todo o território nacional.
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Acompanhado de sete músicos, incluindo nomes de peso como Jeovanny Sanfoneiro (sanfona), Michael Pipoquinha (baixo) e Chibatinha (guitarra), o cantor e compositor assimilou bem a atmosfera proposta pelo projeto e fez um show intimista muito bem executado, leve e afinado.
Para o repertório, ele trouxe canções como “Eu Tenho a Senha”, “Dengo” e “Deusa de Itamaracá”. Ao todo, foram 8 músicas de um trabalho artístico que conta com 6 álbuns de estúdio.
Abordado por uma fã a caminho da gravação, João foi questionado sobre o que ele estaria fazendo na capital paulista: ‘Veio fazer o quê em São Paulo?’, o cantor respondeu prontamente: ‘Tô indo ali, fazer história!’ E fez mesmo. Não só por ser o primeiro artista a se apresentar no Tiny Desk Brasil como também a levar o nome do piseiro mundo afora.
O Brasil é o terceiro país a ganhar a sua versão do programa e mantém a mesma proposta dos outros: um cenário minimalista, em uma espécie de escritório recheado de objetos. Os programas são gravados na sede do Google, em São Paulo e tem curadoria da NPR e direção artística da Anonymous Content e Amabis.
Tiny Desk Brasil seria um novo acústico MTV?
Para quem cresceu na década de 90 e nos anos 2000, os acústicos da MTV eram esperados ansiosamente a cada edição. Além de grandes nomes gringos como Nirvana, Alice in Chains, Kiss, Alanis Morissette, entre outros, as bandas nacionais também eram muito festejadas no projeto.
Prova disso foi o Acústico MTV Capital Inicial, que vendeu mais de um milhão de cópias e reposicionou a banda no mercado em uma extensa turnê.
Outros artistas como Cássia Eller, Kid Abelha e Titãs também provaram do sucesso que era repaginar hits em versões desplugadas e menos pesadas. Uma saudade eterna para todos que viveram nessa época.
A proposta do Tiny Desk pode não ser totalmente igual, mas sacia, de certa forma, a fome por shows mais intimistas, mesmo que seja um formato totalmente importado e com cenário similar aos outros.
