O dramaturgo, diretor, tradutor e ator José Rubens Siqueira morreu aos 79 anos. A informação foi divulgada na manhã desta segunda-feira (17) pelo perfil do artista no Instagram. O velório será realizado a partir das 14h no bairro Bela Vista, em São Paulo, e a cremação ocorrerá no Crematório Vila Alpina.

José Rubens Siqueira: carreira impecável no teatro, no cinema e na literatura. Foto: Divulgação

Figura influente no teatro, Siqueira estava em cartaz no Sesc Consolação com a peça “O Jardim das Cerejeiras”, montada pela Companhia da Memória. Em post colaborativo, o diretor e fundador da companhia, Ruy Cortez, lamentou a perda: “Foi um presente dos deuses ter trabalhado com esse artista excepcional”. A causa da morte não foi divulgada.

Nascido em Sorocaba, em 1945, Siqueira iniciou sua trajetória no teatro ainda na década de 1960, passando pelo Teatro Arena. Dirigiu e escreveu dezenas de encenações, incluindo “Decifra-me ou Devoro-te” (1989), em parceria com Renato Borghi. Adaptou clássicos como “A Tempestade”, de Shakespeare, “Os Lusíadas”, de Luís de Camões, e “Dona da Casa”, inspirado na obra de Adélia Prado.

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Sua contribuição também se destacou na literatura. Como tradutor, verteu para o português mais de 200 obras, incluindo títulos de J. M. Coetzee, Isaac Bashevis Singer, Toni Morrison e Salman Rushdie. Escreveu o livro “Viver de Teatro”, biografia de Flávio Rangel, e os infantojuvenis “Tronodocrono” e “Sherazade”.

No cinema, dirigiu “Amor e Medo” (1974), exibido no Festival de Berlim, estrelado por José Wilker e Irene Stefânia. Em 1975, lançou a animação “A Estrela Dalva e Hamlet”. Sua carreira também inclui trabalhos pioneiros no teatro experimental, como “Clara Crocodilo” e “Artaud, o Espírito do Teatro”.

Siqueira acumulou várias funções em suas encenações, sendo autor, cenógrafo e figurinista em peças como “Irmãs Siamesas” (1987) e “A Cândida Erêndira e Sua Avó Desalmada” (1999). Desde 2000, lecionava na Escola de Artes do Corpo da PUC-SP.

rtista estava em cartaz no Sesc Consolação com a peça “O Jardim das Cerejeiras” e teve uma carreira marcada por traduções literárias e teatro experimental

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Sandro Moser é jornalista e escritor.

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