Apenas 11 dias separam a data de lançamento de Dominguinho até agora. Foi o suficiente para que o disco, uma parceria de Jota Pê, João Gomes e Mestrinho, ganhasse os holofotes e a atenção do público. Por óbvio, afinal a parceria não poderia ser mais acertada, especialmente porque é um trio composto por nomes que parecem ter nascido para trabalhar juntos, algo que não se vê com tanta frequência. 

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O paulista Jota Pê segue em uma ascensão que vem desde os Grammys Latinos que arrebatou no ano passado, provenientes do álbum Se Meu Peito Fosse Mundo”. O sergipano Mestrinho vem de uma escola familiar de sanfoneiros, na qual é neto do tocador de oito baixos, Manezinho do Carira, e filho de Erivaldo de Carira. No currículo, ele acumula turnês com Gilberto Gil e projetos de jazz, choro e baião. Já João Gomes dispensa apresentações. O rei do pisêro foi o artista mais ouvido de 2021 e vem compondo line-ups de festivais importantes pelo país, além de colecionar público em shows solo.

Ou seja, são três currículos que alguma força maior do universo reuniu para um álbum que não poderia ter dado mais certo. Algo que realmente só a música brasileira com suas diversas nuances e referências poderia somar. Um forrozinho pé de serra que pode ser dançado, cantado, acompanhado por palmas e que sugere um lindo fim de tarde, em um dominguinho. 

O projeto, que foi gravado no Sítio Histórico de Olinda e que conta com Gilú Amaral na percussão e Vanutti no violão de aço, é absolutamente despretensioso porque foi criado espontaneamente, sem decisões tomadas antecipadamente e sem ensaios formais, extraindo o puro suco da musicalidade de cada um.

“Eu amo cantar, amo tocar, o Mestrinho também, o João também. Então tudo que a gente fez foi fazer o som que a gente ama. Esse projeto aconteceu quase meio que sem querer. A gente foi decidindo as músicas meio que ali. Então foi um projeto que a gente fez naturalmente. A gente só se divertiu.” Disse Jota Pê ao portal Papel Pop.

As 12 faixas do disco também contam com um projeto audiovisual e desfilam músicas inéditas e versões de Charlie Brown Jr e Orochi, na combinação de vozes de João e Jota Pê e os arranjos lindíssimos de Mestrinho. Uma produção feliz e que vai figurar nas listas de melhores álbuns do ano. Pode printar. Ouça no Spotify.

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Jornalista, DJ e especialista em música brasileira

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