A Flip – Festa Literária Internacional de Paraty anunciou a nomeação de Rita Palmeira como curadora literária da 24ª edição, prevista para acontecer em seu período tradicional, entre junho e agosto de 2026.

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A curadoria literária da Flip é renovada periodicamente, garantindo à Festa uma constante reinvenção. Essa prática mantém vivo o espírito de inovação que a consagrou como um dos maiores eventos literários do mundo.

Segundo Mauro Munhoz, diretor artístico da Flip, a escolha consolida uma relação de longa data. “O convite à Rita Palmeira reafirma a parceria profissional que começou por meio de mediações instigantes e inspiradoras entre alguns dos nomes mais relevantes da literatura contemporânea”, afirma.

Experiência e trajetória

Editora e crítica literária, Rita Palmeira é Doutora em Literatura Brasileira pela USP e mestre em Teoria Literária pela Unicamp. Atua como mediadora em mesas do Programa Principal desde 2017, tendo participado de oito edições consecutivas da Festa.

Munhoz destaca sua sólida trajetória: “Rita vem desenvolvendo um trabalho cuidadoso e atento ao cenário atual da literatura no Brasil e no mundo. Essa atuação, somada à sua experiência e formação, revela sua capacidade de colocar em diálogo as diversas sensibilidades da leitura”.

Na 23ª edição, Palmeira mediou o encontro entre as autoras Anabela Mota Ribeiro e Neige Sinno. Em edições anteriores, esteve ao lado de nomes como Annie Ernaux, Mohamed Mbougar Sarr, Jeferson Tenório, Micheliny Verunschk e José Miguel Wisnik.

A relação com a Flip

Flip 2025 homenageou Paulo Leminski com shows, lançamentos, poesia e mesas de debate. Foto: FLIP/Divulgação

Sua conexão com a Festa, no entanto, remonta a 2004, quando acompanhou o encontro histórico entre Paul Auster e Chico Buarque. “Foi um claro recado de que a plateia estava diante de dois igualmente imensos escritores”, recorda. Para Palmeira, a Flip foi pioneira ao trazer grandes autores internacionais ao Brasil e ao projetar escritores brasileiros em escala global.

A nova curadora destaca ainda a relação entre literatura e contemporaneidade. “A literatura sempre fala do seu tempo e com o seu tempo, mesmo quando isso não está tematizado na obra. Ignorar o que se passa no Brasil e no mundo, do ponto de vista político, ambiental, cultural, não é uma opção”, afirma.

Munhoz reforça que a chegada de uma nova curadoria é um momento de renovação. “É um passo importante na construção da Festa, um movimento de ideias e perspectivas que fortalece as próximas edições”.

Sobre Rita Palmeira

Rita Palmeira é editora e crítica literária. Doutora em Literatura Brasileira pela USP e mestre em Teoria Literária pela Unicamp, participou da criação da Livraria Megafauna, em São Paulo, onde atuou na curadoria de livros. É apresentadora do podcast Livros no Centro, que reúne histórias de leitores, livreiros e escritores.

Na mediação entre pesquisa acadêmica, jornalismo e debate público, foi editora-executiva da revista Novos Estudos Cebrap e editora-assistente do selo editorial Três Estrelas, do Grupo Folha. Sua trajetória transita entre edição, crítica, curadoria, ensino, pesquisa e mediação de debates literários, sempre com foco na difusão da literatura e na formação de leitores.

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